As lendas ajudam a compreender, e chegam mesmo a justificar, a origem de algo. Repletas de misticismo, envolvem o imaginário de quem as ouve, recriando essa longínqua história.
Esta freguesia apresenta a Lenda de Santa Maria das Virtudes. Certo dia, no ano de 1403, apareceu uma imagem de Santa Maria a um pastor, e desde então surgiu, no local, uma pequena ermida. À medida que se iam conhecendo os milagres feitos pela Santa Maria Ademas, o número de peregrinos, vindos de todo o país, aumentava, tal como a sua devoção. Mais tarde, o príncipe D. Duarte alterou o nome à Santa, passando a chamá-la de Santa Maria das Virtudes.
As festas e as romarias são indispensáveis em qualquer região, retratam nelas a componente religiosa e a profana. As celebrações dos Santos estão sempre aliadas a muita alegria e divertimento, provocados pela música e pela dança. Encontram-se, nesta freguesia as seguintes festas:
Procissão das Velas — Esta marcha religiosa, é celebrada no mês de Maio, em toda a freguesia de Aveiras de Baixo.
Festa Anual em Honra do Senhor Jesus dos Aflitos — Esta festa realiza-se anualmente, no último fim de semana de Julho, no lugar de Aveiras de Baixo.
Festa em Honra de São João Baptista — As comemorações em honra de São João Baptista realizam-se no lugar de Casais da Lagoa.
Comemoração do Feriado Municipal — Conhecida, também, como Quinta-feira da Espiga, esta comemoração tem lugar em Casais da Lagoa, no mês de Maio.
Festa em Honra de Nossa Senhora das Virtudes — O dia consagrado a Nossa Senhora das Virtudes é o dia 8 de Setembro, em Virtudes.
Para além das festas existe, ainda, uma Feira Medieval que se realiza em Virtudes, lugar da freguesia de Aveiras de Baixo.
As danças e os cantares fazem a alegria de bons momentos entre os habitantes e os visitantes. É o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aveiras de Baixo que faz seguir esta tradição, com base em recolhas locais das danças e cantares, como Viras, Corridinhos, Bailaricos, Picadinhos, Desgarradas, Moda a Dois Passos, Fandango Ribatejano e Fadinhos Ribatejanos. Eis um pequeno exemplo, de um grande repertório:
“TRAZES RENDINHAS NO PEITO
O TEU PEITO RENDAS TEM
POR BAIXO DESSAS RENDAS
SÓ EU MEXO E MAIS NINGUÉM.”
Os trajes característicos retratam épocas em que a forma de vestir era o espelho da sua situação económica e profissional. Destacam-se os seguintes:
Traje Masculino: Campino de Gala
Este traje é composto por calção azul, camisa branca, colete vermelho bordado nas costas e jaqueta azul. A meia escolhida é branca de renda, usa cinta vermelha, barrete verde e sapatos pretos com esporas. Ao peito leva a insígnia da casa agrícola que representa.
Traje Masculino: Campino de Trabalho
Esta vestimenta é composta por calça, colete e jaqueta de cotim, camisa de xadrez ou riscado, cinta vermelha, barrete preto e sapato castanho.
Traje Masculino: Camponês Domingueiro
O traje do camponês domingueiro é constituído por calça e colete preto, com as costas em xadrez, camisa branca, cinta, barrete e sapatos pretos.
Traje Feminino: Camponesa de Domingo
O traje de domingo da camponesa é formado por saia de baeta vermelha pregueada, blusa de cor com motivos e avental bordado, meia branca e sapato preto. O saiote é branco bastante rodado e tem aplicações de renda com fita à volta, os coletes são do mesmo tecido e com bordados a condizer.
Traje Feminino: Camponesa de Trabalho
A camponesa de trabalho usa saia castorina ( pano de lã macio e lustroso) às riscas pregueada, blusa de tecido às flores, avental de riscado, saiote branco ou às flores pequenas, bastante rodado, e colete igual, tendo ambos um pequeno picote de renda. Os sapatos são castanhos, na cabeça traz um lenço amarelo ou com motivos geométricos e um chapéu de palha. Na mão, transporta um pequeno saco de pano ou cesta para levar o farnel.
Padroeira: Nossa Senhora do Rosário
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